Pequeno Monstro

Pequeno Monstro, monólogo inspirado em conto de Caio Fernando Abreu, terá circulação por São Paulo

Peça explora a descoberta da sexualidade na adolescência. Dirigida por Pedro Leão, montagem é estrelada por Henrique Figueiredo e terá 18 apresentações na capital paulista.

Link para fotos – https://bit.ly/3I7SkGQ (crédito Jennifer Glass)

Um adolescente que sente as paixões despertarem e começa entender como lidar com a sexualidade é o tema do espetáculo Pequeno Monstro, inspirada no conto homônimo de Caio Fernando Abreu. A peça fará uma turnê com 18 apresentações por São Paulo, com estreia em 22 de julho no Teatro Alfredo Mesquita. As próximas sessões acontecem no Teatro Arthur de Azevedo, na Móoca, nos dias 12, 13 e 14 de agosto. Em seguida entra em cartaz no Centro Cultural da Diversidade,nos 20 e 21 de agosto; Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder, dias23 e 24 de agosto;Teatro Cacilda Becker nos dias 26, 27 e 28 de agosto; Centro de Acolhida Especial Casarão Brasil, nos dias30 e 31 de agosto.Encerrando a temporada no Centro Cultural Tiradentes, dias 17 e 18 de setembro. Todas as apresentações contam com acessibilidade em libras e audiodescrição.

Quem dirige a montagem para os palcos é Pedro Leão com atuação de Henrique Figueiredo. Este é o segundo espetáculo da quadrilogia Agridoce, que trata diversos temas ligados à sexualidade. O mesmo personagem vai estrelar as quatro peças e muito de sua história é inspirado na vida de Pedro Leão, com histórias que aconteceram com ele em seu caminho de autoconhecimento.  A saga teve início com o espetáculo que também se chama Agridoce, com relatos sobre abuso e violência sexual contra meninos LGBTQIA+, e foi premiada pelo ProAC Lei Aldir Blanc e pelo Edital de Cultura SESC Rio 2022.

Pequeno Monstrotrata da adolescência e suas descobertas e fantasias típicas da idade. Ela acompanha o início da puberdade do personagem principal e as transformações “monstruosas” que ele vive ao se deparar com as mudanças não só no corpo, mas também nos desejos e na personalidade. Nessa busca, ele transita entre o que é real e os devaneios por se encontrar. “O pequeno monstro é uma metáfora desse momento da adolescência, quando somos de fato um pequeno monstro em processo de transformação física. E para quem é um menino gay, como no espetáculo, é mais difícil ainda viver esse momento por que ele passa a entender os desejos que saem da curva e são dissidentes do que se espera do menino adolescente. Ainda mais um menino no começo dos anos 2000”, conta Leão.

O texto da peça foi contemplado com o Prêmio Neide Rodrigues Gomes e publicado em 2021. Agora, ganha os palcos pela primeira vez, com apoio do Edital de Ações Descentralizada nas Múltiplas Linguagens da Secretaria de Cultura de São Paulo e do Laboratório de Cena da FUNARTE. Com ele, o diretor quer ajudar a responder algumas das questões principais para jovens e adolescentes LGBTQIA+: “Como você descobriu que você era você? Em que momento você definiu seus desejos a ponto de ter certeza da sua identidade e sexualidade? Quem pode te dizer que suas lembranças desse processo são reais ou se são apenas criação imaginária que forja memórias que não existiram?”

A peça vai mostrar duas histórias: uma que acontece na tela, por meio de um vídeo em motion design, e outra que o personagem conta e vive em cena. E é aí que reside a dualidade entre real e fantasia, uma vez que apenas uma delas de fato aconteceu. A história é uma junção da inspiração no texto de Caio Fernando Abreu e também de um conto do próprio diretor, publicado em 2011. O texto de Caio Fernando é quase um “conto erótico adolescente e gay”, diz Leão, narrando o encontro de um menino e seu primo, e sua primeira experiência sexual.

A dramaturgia surgiu da vontade de abordar artística e psicologicamente o processo de autocompreensão social do LGBT. “Como a gente coloca isso sem assumir um discurso político, mas entendendo que nossa existência é política. A gente precisa trazer para a cena outros discursos sobre a nossa comunidade. Costumamos ver apenas filmes, séries e peças que falam sobre sofrimento e homofobia, mas perdemos a complexidade que é esse sujeito e todas as outras nuances que o compõem, como fantasia, relacionamento e afetos”, analisa o diretor.

Além do vídeo, o espetáculo vai contar com vários elementos para sensibilizar o público e fazê-lo mergulhar nesse breu entre fantasia e realidade: audiodescrição poética, brincadeiras com projeções e música e elementos de cheiro, como chocolate, para mexer com os sentidos.  “Tenho muito orgulho desse trabalho e espero que o público possa, como eu, questionar-se sobre o espaço vazio que há entre quem eu penso que sou e quem eu realmente gostaria de ser, que é o que nos torna seres impossíveis”, deseja o diretor.

Este projeto foi contemplado pelo Edital de Apoio a Projetos Culturais Descentralizados de Múltiplas Linguagens – Secretaria Municipal de Cultura.

Ficha técnica:

Dramaturgia e direção: Pedro Leão. Atuação: Henrique Figueiredo. Assistência de direção: JOMA. Consultoria Dramatúrgica: Jéssica Teixeira. Direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez. Produção executiva: Pedro Leão e Carol Henriques. Assistência de produção: Isabella Purcino. Direção de arte: Daniel Beoni. Figurino: Ana Luiza Suhr Reghelin. Cenografia: Danilo Cruz. Iluminação: Guilherme Soares. Trilha original: Fábio Stamato. Motion designer: Rebeca Prado. Técnico e operador de luz: Guilherme Soares. Técnico e operador de som: luMa. Intérprete de libras: Luccas Araújo. Audiodescrição: Henrique Figueiredo. Consultoria em audiodescrição: Gislana Vale Coordenação de comunicação: Jessica Rodrigues. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Designer gráfico: Lucas Sancho. Mídias sociais: Jessica Rodrigues e Mateus Bruza. Registro em vídeo: Mateus Bruza. Registro fotográfico: Jennifer Glass. Co-produção: Contorno Produções e Catástrofe Produções. Realização: Cubo Cultural.

Serviço:

Pequeno Monstro

Classificação indicativa: 14 anos

Duração: 60 minutos

*Todas as apresentações contarão com acessibilidade em libras e audiodescrição.

Teatro Alfredo Mesquita

Dias 22, 23 e 24 de julho de 2022

Sexta e sábado às 21h e domingo às 19h

Av. Santos Dumont, 1779 – Santana, São Paulo

Ingressos:  Gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria 1 hora antes do espetáculo.

Teatro Arthur Azevedo, sala multiuso

Dias 12, 13 e 14 de agosto de 2022

Sexta e sábado às 20h e domingo às 18h

Av. Paes de Barros, 955 – Alto da Mooca, São Paulo – SP, 03115-020

Ingressos:  Gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria 1 hora antes do espetáculo.

Centro Cultural da Diversidade

Dias 20 e 21 de agosto de 2022

Sábado às 18h e 20h e domingo às 19h

Rua Lopes Neto, 206 – Itaim Bibi, São Paulo

Ingressos:  Gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria 1 hora antes do espetáculo.

Centro de Cidadania LGBTI Cláudia Wonder

Dias 23 e 24 de agosto de 2022

Terça e quarta às 15h

Av. Ricardo Medina Filho, nº 603 – Vila Ipojuca, São Paulo – SP, 05057-100

Ingressos:  Gratuito, com retirada de ingressos 1 hora antes do espetáculo.

Teatro Cacilda Becker

Dias 26, 27 e 28 de agosto de 2022

Sexta e sábado às 21h e domingo às 19h

R. Tito, 295 – Lapa, São Paulo – SP, 05051-000

Ingressos:  Gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria 1 hora antes do espetáculo.

Centro de Acolhida Especial Casarão Brasil

Dias 30 e 31 de agosto de 2022

Terça e quarta às 15h

R. Igará-Paraná, 94 – Vila Emir, São Paulo – SP, 04461-000

Ingressos:  Gratuito, com retirada de ingressos 1 hora antes do espetáculo.

Centro Cultural Tiradentes

Dias 17 e 18 de setembro de 2022

Sábado e domingo às 18h

R. Inácio Monteiro, 6900 – Conj. Hab. Sitio Conceição, São Paulo – SP, 08490-000

Ingressos:  Gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria 1 hora antes do espetáculo

Informações para imprensa:

Adriana Balsanelli

Tel.: 11 99245 4138

imprensa@adrianabalsanelli.com.br