O Canto de Ninguém
Peça retrata gênio fictício da música clássica com direção de Kleber Montanheiro e direção musical de João Carlos Martins
Oito canções foram compostas originalmente pelo maestro João Carlos Martins, incluindo o tema do espetáculo, que tem letra de Luccas Papp. Fabi Bang atua pela primeira vez em um espetáculo fora do circuito musical
O universo da música clássica, um jovem gênio perturbado, uma homenagem aos que tem muito a dizer. Esses são os elementos de O Canto de Ninguém que estreia no dia 6 de março, sexta-feira, às 21h, no Teatro Itália. Com texto de Luccas Papp, que está em cena ao lado da atriz Fabi Bang, a peça tem direção de Kleber Montanheiro e direção musical de João Carlos Martins. A temporada vai até 5 de abril com sessões sexta, às 21h, sábado, às 20h, e domingos, às 19h.
Na peça, Geoffrey Smithson é o “Mozart contemporâneo”. Aos 27 anos, o compositor e pianista já é considerado o maior representante da música erudita do seu tempo. Antissocial e enigmático, ele procura uma jovem cantora para estrelar sua ópera, que segundo ele será “a maior realização musical do século”. Samantha é uma cantora lírica de muito talento e quase nenhuma experiência. Surpreendentemente é aprovada nas audições e adentra a sala secreta de composições do rapaz para seu primeiro ensaio. O que acontece a partir desse momento vai muito além do que ela poderia imaginar. Desejos, segredos, reviravoltas e uma dose de loucura fazem desse, um encontro único e imprevisível.
A música clássica permeia o espetáculo com oito temas inéditos compostos pelo maestro João Carlos Martins e José Antônio Almeida, uma delas – O Canto de Ninguém – tem letra de Papp, que a compôs durante a dramaturgia. Em uma cena, Fabi Bang interpreta A Rainha da Noite, composição da ópera A Flauta Mágica de Mozart, além de citações a Antonio Vivaldi e Johann Sebastian Bach.
Luccas Papp escreveu o texto em 2015, admirador da música erudita e instigado pelo desejo de aproximar o gênero musical a um maior número de pessoas possível.“A história questiona o fato de artistas excelentes em seu trabalho não terem a mesma voz que certos expoentes. É algo que sempre quis dizer, de como lidamos com a arte, que é uma questão mais de status do que de apreciação. O consumo da arte hoje, principalmente com o advento das redes sociais, coloca as pessoas em um evento artístico mais para serem vistas do que para apreciar uma obra de arte”, conta o dramaturgo e ator. O longa Amadeus (1984), com direção de Milos Forman, livremente baseada na vida dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart e Antonio Salieri, é uma de suas inspirações para criar o universo dramatúrgico do espetáculo.
Primeira vez juntos em cena, Papp conta que pensou em Fabi Bang para contracenar com ele assim que terminou de escrever o texto. Ela, que já mostrou seu talento em grandes produções como Miss Saigon, Cats, Evita, Cabaret, A Família Addams, Wicked e A Pequena Sereia, faz sua primeira incursão em um espetáculo fora do universo dos musicais. “A medida em que fui entrando na história, o texto foi fazendo cada vez mais sentido para mim e percebi o quanto a minha carreira se cruza com a da personagem. Eu já havia atuado em muitos musicais, mas foi aos 30 anos que tive uma grande oportunidade de visibilidade em Wicked. É como uma quebra-cabeça pessoal que vai se encaixando e é um texto muito apropriado para nossa história pessoal”, diz Fabi.
Sobre o desafio de fazer uma personagem fora do circuito musical, Fabi conta que há muito tempo estava buscando amplificar esse território. “É uma forma para ampliar ainda mais minha carreira artística, um privilégio cantar a composição do maestro João Carlos Martins e a ária A Rainha da Noite, umacomposição, que muitas artistas se prepararam uma vida inteira”.
A encenação
Mesmo em uma sala de ensaio as cenas entre Geoffrey e Samantha ganham contornos operísticos por meio de luzes e outros recursos cênicos. O local tem uma arquitetura cheia de pedestais e abajures que dão um tom de fantasia e imponência para aquele ambiente em que vive o músico.
“Os elementos visuais procuraram revelar o que se passa na cabeça dos personagens, trazer em alguns momentos a atmosfera da ópera. O projeto é uma oportunidade de levar a música clássica para o teatro e discutir as relações humanas, fator que traz identificação com o público. Questiona os limites do trabalho artístico e as hierarquias sociais”, fala o diretor.
Kleber Montanheiro e Luccas Papp já têm diversos trabalhos juntos no teatro. O Falcão Vingador, Os Donos do Mundo, Ovo de Ouro e agora O Canto e Ninguém. Papp sempre mostrando o seu trabalho na dramaturgia e na atuação das peças, enquanto Montanheiro desempenhando diversas funções dependendo do projeto, direção, iluminação, figurino, visagismo, cenografia.
SERVIÇO:
O CANTO DE NINGUÉM – Estreia 6 de março no TEATRO ITÁLIA.
Temporada: De 6 de março a 5 de abril – Sexta 21h, Sábado 20h, domingos 19h.
Classificação: 10 anos.
Gênero: Drama.
Duração: 90 minutos.
Ingressos: R$ 60,00 (inteira). R$ 30,00 (meia).
Venda no site https://www.sazarte.com/
TEATRO ITÁLIA – AV. IPIRANGA, 344 – REPÚBLICA – SP. Telefone 3255.1979.
Capacidade: 292 lugares.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Luccas Papp
Direção: Kleber Montanheiro
Elenco: Luccas Papp e Fabi Bang
Piano: Wesley Barretto
Trilha sonora original: João Carlos Martins e José Antônio Almeida
Direção musical: João Carlos Martins
Letra da canção “O Canto de Ninguém”: Luccas Papp
Cenografia e visagismo: Kleber Montanheiro
Assistente de cenografia: Marcos Valadão
Direção de palco: Marcos Valadão
Desenho de luz: Gabriele Souza
Figurinos e adereços: Kleber Montanheiro
Assistente de figurino: Thais Boneville
Preparação corporal: Daniela Flor
Comunicação visual: Igor Farias
Produção: LPB Produções
Produção executiva: Lais Bittencourt
Assistência de Produção: Leila Bittencourt
Gestão de Projeto: LPB produções.
Assessoria de Imprensa:Adriana Balsanelli e Renato Fernandes
Fotos: Fernando Maia
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