Canto Livro

Canto Livro mescla música e literatura em shows temáticos

Um espetáculo de música e literatura criado a partir das obras primas de clássicos da literatura. O Canto Livro é um projeto de Jean e Joana Garfunkel.

Idealizado por Joana Garfunkel e seu pai, Jean Garfunkel, o Canto Livro propõe aproximar a literatura da música para encurtar a distância entre o livro e o público. Os shows são sempre temáticos, com enfoque em autores brasileiros ou de língua portuguesa. Em cada apresentação, o grupo constrói um repertório de canções recortado por textos do autor ou tema homenageado. 

O Canto Livro foi criado em 2006, quando Jean Garfunkel – poeta, escritor e compositor consagrado da MPB, gravado por intérpretes como Elis Regina, Zizi Possi, Margareth Menezes e Maria Rita – foi convidado a cantar num projeto dedicado a João Guimarães Rosa por conta de sua pesquisa e visitas à cidade mineira de Morro da Garça, terra natal do escritor. Joana, também já nutria grande admiração pela obra do autor mineiro. Em 2002, escreveu a tese Sentido e Significado em Grande Sertão Veredas, pela PUC SP.

Contadora de história, cantora e grande conhecedora da obra de Guimarães Rosa, o encontro entre pai e filha no palco foi natural. Juntos, teceram a ponte entre a saga do jagunço Riobaldo e canções compostas por Jean e seu irmão Paulo Garfunkel, no show O Sertão na Canção. Logo perceberam o potencial para a sensibilização e incentivo à leitura.

Para Jean Garfunkel a leitura pode e deve ser criativa, coletiva e musical. “A abrangência e a diversidade do nosso cancioneiro refletem simultaneamente todas as faces da inquietação humana. Os livros sempre foram e serão grande fonte de inspiração para toda manifestação artística; inclusive, e principalmente a nossa.”

Paralelo ao trabalho com o Canto Livro, Jean Garfunkel, que tem quatro discos gravados em dupla com seu irmão Paulo Garfunkel, está lançando novo CD 13 Pares e Um Fado Solitário, homenageando treze parceiros importantes da sua rica e diversificada trajetória musical.

“A música e a narração de textos encadeados em um roteiro possibilitam que o livro saia da estante, fazendo da leitura uma experiência viva, emocionante e interativa”, diz Joana Garfunkel.

Cantando os livros

Com 7 anos de estrada, o Canto Livro acumulou apresentações em museus, centros culturais, festivais, feiras literárias, bibliotecas e escolas. Hoje, são cerca de 16 espetáculos que passeiam por autores como Manuel Bandeira, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Cora Coralina, Vinícius de Moraes, Manoel de Barros, Fernando Pessoa, Mia Couto, entre outros.

Possui parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), cujas apresentações são inspiradas em cada exposição em cartaz, colocando a canção e a poesia para interagir diretamente com as artes visuais. Ao incorporar a interpretação simultânea em LIBRAS (língua brasileira de sinais), possibilitou a inclusão e o acesso dos surdos ao universo da literatura. Esta iniciativa proporcionou ao grupo a conquista do Prêmio Ibero-Americano de Atividades Educativas em Museus, em 2011.

Já se apresentaram em espaços culturais como o Teatro Santa Cruz, Museu da Língua Brasileira, Museu da Casa Brasileira, Centro Cultural São Paulo, Festival da Mantiqueira e várias unidades do Sesc. Em 2010, o trabalho foi contemplado pelo edital da Caixa Cultural e, em 2012, pelo Proac. Em 2013, participaram da primeira balada para surdos no Brasil, a Sencity, versão da festa holandesa, nascida em Amsterdã e replicada com sucesso em Londres e Sidney.

Na recente edição da Bienal Internacional do Livro, participaram com dois shows: Machado de Assis – O Bruxo do Cosme Velho e outro em homenagem ao centenário de Carolina de Jesus. Ainda em 2014, criaram o show Bodas de Chumbo, sobre os 50 anos do golpe militar, com textos e canções da época.

Sobre Jean Garfunkel

   Poeta, ator, cantor, compositor e publicitário. Tem quatro discos lançados em dupla com seu irmão Paulo Garfunkel, e músicas gravadas por vozes importantes da MPB como, Elis Regina, Maria Rita, Margareth Menezes, Zizi Possi, Renato Braz e Pena Branca e Xavantinho. Durante mais de dez anos trabalhou como assistente de direção da atriz e diretora Myriam Muniz, e compôs trilhas para teatro, entre elas, Maroquinhas Frufru, de Maria Clara Machado; considerado um clássico da dramaturgia infantil.

Integrante do grupo de estudos sobre a obra de Guimarães Rosa do Instituto de Estudos Brasileiros da USP, que detém o acervo do autor. Realiza oficinas e palestras sobre música e literatura em bibliotecas, livrarias e espaços culturais. Como letrista tem parceiros ilustres como, Léa Freire, Sizão Machado, Mozart Terra, maestro Moacyr Santos, maestro Júlio Medáglia e o violonista Yamandú Costa.

Sobre Joana Garfunkel

Cantora, narradora de histórias e psicóloga, tem em seu percurso, uma pesquisa acadêmica premiada sobre a obra Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa.Trabalha desde 2005 com música e literatura, apresentando-se ao lado de artistas como Tavinho Moura, Natan Marques, Grupo Miguilins, Emiliano Castro, entre outros.

Além dos diversos locais em que se apresenta – como SESCS, teatros, bibliotcas, feiras literárias – teve, ao longo do ano de 2010, apresentações mensais realizadas no Teatro do Colégio Santa Cruz, com patrocínio da Editora Saraiva.

Assessoria de imprensa

Adriana Balsanelli

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