Cia Plágio de Teatro – Noctiluzes

Cia Plágio de Teatro estreia peça sobre as relações humanas na era da intolerância

Com direção de Sérgio Sartório e elenco formado pelos mesmos atores do premiado espetáculo CRU (ganhador de 13 prêmios), Chico Sant`Anna, Vinicius Ferreira e Sérgio Sartório, a Cia Plágio de Teatro estreia NOCTILUZES dia 8 de julho, quarta-feira, às 20h30, no Teatro Pequeno Ato. O clima minimalista dá o tom para o texto do premiado dramaturgo argentino Santiago Serrano escrito especialmente para o grupo de Brasília.

Em um píer de um pequeno vilarejo três desconhecidos se encontram durante uma madrugada. Depois deste encontro inesperado e cheio de revelações a vida desses homens não será mais a mesma. O encontro improvável em uma situação limite traz à tona mágoas e afetos submersos. Cada um tem seus próprios motivos para estar ali e queriam estar sozinhos, mas a presença dos outros causa um incômodo que eles precisam negociar até atingir seus propósitos. Para o diretor e ator Sérgio Sartório “a peça fala sobre as marcas e cicatrizes que a vida nos cria. Das dores e curas causadas pelas relações. São sentimentos inerentes ao ser humano, porém corrompidos pela vida. Alguns valores incrustrados pelos pais e pelo meio, são difíceis de serem quebrados. Somente a colisão destes personagens será capaz de quebrá-los.”


O texto foi um presente do escritor argentino Santiago Serrano à Cia. Plágio de Teatro. Serrano se encantou pelo lirismo do grupo em São Paulo, onde assistiu a Cru, última peça da companhia, em cartaz na cidade, em 2013. O autor conta que começou a escrever um dia depois de conversar com o grupo e os personagens o acompanharam, desde então, por cerca de um ano. “Eu viajei muito durante o processo e essas figuras vinham comigo. Eu me surpreendia como as histórias ganhavam vida, era como se os protagonistas escrevessem por conta própria. Eu escrevia e mandava para os atores e esperava sempre apontamentos em suas respostas. Foi um lindo trabalho em grupo sem a presença física.”

Sérgio Sartório revela que pediram ao autor uma peça que falasse sobre o amor diante deste mundo de intolerância. Mas nada específico. “O Santiago Serrano é um autor muito sensível, é um poeta que vem da psicanálise e por isso lê a alma humana com muita delicadeza e sempre de forma positiva. Quando conversamos sobre ele escrever um texto para este elenco, tudo que ele fez foi perguntar sobre nós, nossas angústias, nossas dores e nossas alegrias. E tudo isso está no texto”, conta. 

O cenário e a iluminação – que ganharam o Prêmio Sesc de Teatro Candango – constroem um ambiente mágico e nebuloso. A peça toda acontece em um píer de um metro e meio de largura. Isso foi um estímulo para a direção, que resultou num desafio de equilibrismo na marcação das cenas, onde prevalece o jogo de atores. A trilha original de Tomas Seferim, pontua o suspense deste encontro. Os sons da noite, da água, dos barcos ao longe, completam o cenário que não vemos.  

Santiago Serrano acredita que os dramaturgos sempre foram profetas dos tempos que estão por surgir. Espero que Noctiluzes seja um olhar vindo do futuro. Um tempo onde os fundamentalismos e o racismo não sejam o norte da vida cotidiana. Onde um encontro de pessoas desconhecidas possa ser uma aposta pelo futuro.”

Noctiluzes estreou no CCBB de Brasília, em junho de 2014. Participou do Festival Internacional de Teatro Cena Contemporânea e da mostra BR040 na Funarte, ambas em Brasília. Em janeiro deste ano esteve na programação do Festival Internacional Janeiro dos Grandes espetáculos em Recife, Caruaru e Goiana (Pernambuco).  Depois de São Paulo parte para Salvador e Rio de Janeiro. 

Sobre o autor Santiago Serrano

Dramaturgo, diretor de teatro, psicanalista e psicodramaturgo. Em 1991, sua peça Dinossauros ganhou o prêmio de melhor espetáculo original no Festival de Teatro do Centro Cultural General San Martín, de Buenos Aires. A obra também foi apresentada no Canadá, Estados Unidos, Espanha e Brasil. Em 2005, ganhou o 2º prêmio no Certame Internacional de Dramaturgia da cidade de Requena (Espanha) com Sexualmente Falando.

Com 35 anos de carreira, Santiago Serrano é velho conhecido dos brasileiros. Obras como Dinossauros e Fronteiras foram montadas pelo Grupo Cena, de Brasília. Em 2007, A Revolta foi encenada por Reginaldo Nascimento, do Grupo Kaus, de São Paulo.  Em 2008, estreou sua primeira peça escrita em português, Eldorado, solo de Eduardo Okamoto, de Campinas. Por sua atuação neste espetáculo, Okamoto foi indicado ao Prêmio Shell (2009).

Sobre o diretor Sérgio Sartório

Ator, roteirista e diretor, em 2007 fundou a da Companhia Plágio de Teatro.  Ganhou os prêmios de Melhor Ator No Festival cinema de Guarnicê-MA e no Festival de Cinema de Maringá-PR pelo filme Cru. Melhor Direção e Melhor Ator no Prêmio SESC do Teatro Candango pela Peça Cru e de Melhor ator no Festival Curta SANTOS-SP pelo filme Menor distância entre dois pontos.

Atuou no longa-metragem Simples Mortais, de Mauro Giuntini, e nos curtas Verdadeiro ou Falso e Pequena Fábula Urbana de Jimi Figueiredo, e Ratão, de Santiago Dellape. Na televisão, participou da minissérie Força-Tarefa, exibida pela Rede Globo. 

Ficha técnica:

Texto e supervisão: Santiago Serrano. Direção e tradução: Sérgio Sartório. Codireção: Rachel Mendes. Elenco: Chico Sant’Anna, Sérgio Sartório e Vinícius Ferreira. Iluminação: Sérgio Sartório e Vinícius Ferreira. Cenário e figurino: Roustang Carrillho. Trilha sonora: Tomás Seferim. Direção técnica: Chico Sassi. Produção Geral :Guinada Produções. Direção de Produção: Guilherme Angelim, Produção executiva: Daniela Vasconcelos. Classificação indicativa: 16 anos. Duração: 80 minutos. Temporada: 8 de julho a 9 de agosto. De quarta a domingo, 20h30. Ingressos: R$30,00 e R$15,00 (meia).

Teatro Pequeno Ato – Rua Doutor Teodoro Baima, 78 – Vila Buarque. Telefone: 11 99642-8350. Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. Não aceita cartões. Ar condicionado. Capacidade: 40 lugares.

Informações para imprensa:

Adriana Balsanelli

Fone: 11 99245 4138

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