Galo Índio

Galo Índio, solo de Rodolfo Amorim segue em temporada na Vila Maria Zélia até 11 de novembro

Espetáculo solo de Rodolfo Amorim, do Grupo XIX de Teatro, com a direção de Antônio Januzelli, Galo Índio ganha temporada na Vila Maria Zélia, de 13 de outubro a  11 de novembro, com sessões aos sábados, 20h e domingo, às 19h.

O solo mostra um órfão, que tenta retratar o seu pai ausente a partir de poucos fragmentos que se alojaram em sua memória. Na busca pelos contornos desse pai, sua própria infância emerge de sua memória e demonstra o quanto esse vazio foi determinante na construção da sua forma de ver e interagir com a vida. Um encontro entre pai e filho. Entre um adulto e sua criança.

Galo Índio remonta as lembranças do ator e autor Rodolfo Amorim em relação a morte de seu pai e o silêncio criado em torno desse fato na sua infância em Sorocaba. O ator pesquisou sobre a memória e as possibilidades de exploração da multiplicidade e transformações de uma narrativa. Entrevistas, relatos de pessoas próximas desse acontecimento e documentos, foram os materiais provocadores na construção desse retrato.

Nesse jogo de rememoração, incomoda mais ao órfão sua necessidade de pensar o pai, feita de dificuldades, imprecisões e faltas, do que propriamente a morte em si. Sua forma de enterrar o pai e compreender sua partida é desvelar as palavras que o encobrem. Assim, na tentativa de traduzi-lo, o confessor nos leva ao mundo invisível de sua história: à medida que precisa aliviar o fardo de sua criança e desse pai.

“Pensamos um procedimento que investigue e discuta não só o ato de estar só em cena, mas sobretudo, de utilizar a própria história do ator/narrador, em seus limites de interprete e confessor. Fazendo da fricção entre um fragmento do real e o imaginado, um meio de encontrar ecos com o público em sua materialidade cênica,” explica Rodolfo Amorim.

Em uma trajetória pelo passado com ecos no presente, a peçareconstitui a personalidade de um pai conservado e inventado no silêncio dos anos. A busca de detalhes para esse retrato, somada à dificuldade de traduzir em palavras as lembranças que restam de alguém que se foi, resulta nessa peça autobiográfica sobre a perda de um pai, conectada com as atuais formas de autorrepresentação e autoficcionalização.

Sobre Rodolfo Amorim

Formado na Escola de Arte Dramática – EAD/ECA/USP e no curso de Licenciatura /Teatro na Faculdade Paulista de Artes. Integrante do Grupo XIX de Teatro. Atua nos espetáculos Essa Noite O Escuro Vai Atrasar Para Que Possamos Conversar, Teorema 21, Hygiene, Arrufos, Marcha Para Zenturo – (projeto em parceria com o Grupo Espanca! de Belo Horizonte), Nada Aconteceu, Tudo Acontece, Tudo Está Acontecendo e Estrada Do Sul (projeto em parceria com o Teatro Dell Argine – Itália).

Criou em 2015 no Contact Theatre (Manchester – Inglaterra), com os jovens atores do CYC, o espetáculo The Shrine Of Everyday Things (Relicário do Cotidiano), peça vencedora do Manchester Theatre Awards como melhor trabalho jovem. Com a mesma Contact Young Company, em 2009, dirigiu e escreveu o espetáculo Memória Da Chuva. Ministrou, em junho de 2008, workshops no Barbican Center (Londres – Inglaterra) e no Contact Theatre (Manchester – Inglaterra). Na Polônia, em 2016, ministrou o workshop O Jardim Do Que Me Toca, no Strefa WolnoStowa, em Varsóvia.

Orienta anualmente, desde 2007, Núcleos de Pesquisa pelo Grupo XIX de Teatro, sempre em relação com novos atores e artistas parceiros. Em 2017 coordenou o Núcleo Invenção do Eu, uma vivência do público sobre as estruturas que formam as noções de identidade. Integrou o grupo, Tablado de Arruar, participando dos espetáculos de rua: A Farsa Do Monumento e Movimentos Para Atravessar a Rua. Dirigiu esse grupo no espetáculo: Hamlet – Quem Vem Lá.

Ficha técnica:

Atuação e texto: Rodolfo Amorim. Direção: Antônio Januzelli (Janô). Direção de Arte: Renato Bolelli Rebouças. Iluminação: Beto de Faria.

Serviço:

Galo Índio – De 13 de outubro a  11 de novembro.

Temporada: Sábados às 20h e domingo às 19h.

Ingressos: R$40 e R$20.

Classificação indicativa: 14 anos.

Duração: 60 minutos.

Capacidade: 40 lugares.

Vendas – https://www.sympla.com.br/grupoxixdeteatro

Vila Maria Zélia – Rua Mário Costa 13 (Entre as ruas Cachoeira e dos Prazeres) – Belém. Telefone – (11) 2081-4647. 

Informações para imprensa:

Adriana Balsanelli

Fone: 11 99245 4138

imprensa@adrianabalsanelli.com.br