Homens Pink
Espetáculo Homens Pink traz relatos de gays idosos no Sesc Belenzinho
A direção e dramaturgia é de Renato Turnes que também está em cena na montagem da Cia La Vaca, de Florianópolis (SC). O projeto iniciou sua trajetória com um documentário e agora chega aos palcos numa performance que celebra o orgulho da ancestralidade LGBTQIA+. Durante a pesquisa, o ator encontrou, em São Paulo e em Florianópolis, nove homens gays dispostos a compartilhar com ele suas memórias
Link de Fotos: https://bit.ly/homenspinkfoto (Crédito: Cristiano Prim)
Partindo de depoimentos de homens gays idosos e com uma obra que celebra o orgulho da ancestralidade LGBTQIA+ Renato Turnes dirige, escreve e protagoniza Homens Pink. O solo, da Cia La Vaca (SC), estreia na sexta-feira, 29 de abril, às 21h30, no Sesc Belenzinho. A temporada vai até 15 de maio com sessões sextas e sábados, às 21h30, e domingo, às 18h30.
O espetáculo é uma performance documental solo que toma como base para sua dramaturgia original os relatos dos senhores entrevistados, no sentido de atualizar memórias de resistência. Recordações pessoais do ator se fundem a lembranças emprestadas: a infância, o sexo, o fervo, a epidemia da AIDS e a luta dos pioneiros.
O projeto foi selecionado pelo Rumos Itaú Cultural de 2017/2018 e iniciou sua trajetória com um documentário homônimo que estreou online entre os anos de 2020 e 2021 em festivais nacionais e até em Bangkok, na Tailândia. Com a temporada no Sesc Belenzinho, o filme ficará disponível no canal de Youtube da Cia de 27 de abril até 17 de maio com audiodescrição e libras, além de legendagem em inglês e espanhol. Nos palcos, Homens Pink também ganhou uma performance virtual devido aos protocolos sanitários para a contenção da pandemia do Covid-19. Com a retomada das atividades e o retorno dos eventos culturais, o espetáculo encontra o público para uma temporada presencial.
“Na época de minha adolescência, tinha uma geração mais velha que já era conectada com o universo LGBTQIA+. Eles sabiam as melhores músicas, tinham mais conhecimento da moda, eram um modelo para nós mais jovens. Com o passar dos anos, comecei a questionar por onde andavam essas pessoas e iniciaram-se os questionamentos sobre o processo de envelhecimento e invisibilidade. A questão de não se sentir mais confortável em certos ambientes. Assim como toda a sociedade, esta comunidade também é atingida por não estar mais nos padrões de beleza e consumo. Foram encontrados momentos de convergência como a explosão da epidemia da AIDS. São narrativas que se distanciam e se tocam ao mesmo tempo”, ressalta o ator.
Durante a pesquisa, Renato Turnes encontrou, em São Paulo e em Florianópolis, nove homens gays dispostos a compartilhar com ele suas memórias: Carlos Eduardo Valente, Celso Curi, José Ronaldo, Julio Rosa, Eduardo Fraga, Luis Baron, Tony Alano, Paulinho Gouvêa e Wladimir Soares. Fotos, projeções e objetos dos próprios entrevistados compõem os elementos de cenário e figurino que remetem a luz e escuridão, características que reforçam o tom agridoce do espetáculo em meio aos fragmentos narrativos.
A Cia La Vaca também estreou o documentário O Amigo do Meu Tio em 2022 que conversa com a peça Homens Pink. Por meio de imagens antigas de fitas VHS, é mostrada a história da infância de uma criança LGBTQIA+. O filme foi vencedor do 29º Festival Mix Brasil na categoria Prêmio Canal Brasil de Curtas.
“Nossas histórias eram contadas por um grupo hegemônico, passando pelos mesmos temas e abordagens. Todavia, nos últimos anos, houve uma mudança de perspectiva. Finalmente a história tem sido contada por nós mesmos. A comunidade LGBTQIA+ tem mostrado suas vidas, gerando novas facetas envolvendo idade, raça. Homens Pink é uma reverência para aqueles que vieram antes, os pioneiros na luta por uma série de direitos”, enfatiza Turnes.
SINOPSE:
Homens Pink é um espetáculo criado a partir dos depoimentos de um grupo de senhores gays. No corpo-arquivo em cena, narrativas sobre infância, fervo, epidemia e resistência conectam-se a acervos pessoais e compõem um documento performativo que celebra a experiência dos pioneiros e o orgulho das ancestralidades dissidentes.
FICHA TÉCNICA:
Direção artística, texto e performance: Renato Turnes. Assistência de criação: Karin Serafin. Iluminação e projeções: Hedra Rockenbach. Edição de vídeos: Marco Martins. Imagens VHS: Carlos Eduardo Valente e Dominique Fretin. Figurinos e máscara: Karin Serafin. Trilha sonora original: Hedra Rockenbach. Arte gráfica: Daniel Olivetto. Fotos: Cristiano Prim. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção: Milena Moraes. Realização: La Vaca Companhia de Artes Cênicas. Artistas provocadores: Anderson do Carmo, Vicente Concilio, Fabio Hostert e Max Reinert. A partir das memórias de: Carlos Eduardo Valente, Celso Curi, José Ronaldo, Julio Rosa, Eduardo Fraga, Luis Baron, Tony Alano, Paulinho Gouvêa, Wladimir Soares. Acervos pessoais gentilmente cedidos pelos entrevistados. Apoio: Rumos Itaú Cultural
SERVIÇO:
HOMENS PINK
Sesc Belenzinho – Local: Sala de Espetáculos I
Temporada: De 29 de abril a 15 de maio. Sextas e sábados, às 21h30, e domingo, às 18h30
Ingressos: R$ 30 (Inteira), R$ 15 (Meia-entrada) e R$ 9 (Credencial Plena do Sesc).
Compras: https://www.sescsp.org.br/programacao/homens-pink/ (Vendas a partir de 19/4)
Duração: 50 minutos. Classificação: 14 Anos. Capacidade: 100 lugares
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
sescsp.org.br/belenzinho
Estacionamento
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional.
Para espetáculos pagos, após as 17h: R$ 7,50 (Credencial Plena do Sesc – trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo). R$ 15,00 (não credenciados).
Transporte Público
Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA PARA ACESSO E PERMANÊNCIA NA UNIDADE
Apresentação do comprovante de vacina
Em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19. Desde dezembro de 2021, o acesso às unidades passa a ser realizado mediante comprovação do esquema vacinal completo, e um documento oficial com foto. O público pode apresentar o comprovante físico, recebido no ato da vacinação, ou o comprovante digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e Conecte SUS, ou pelo aplicativo e-saúdeSP.
Máscaras
Recomendamos o uso de máscaras, cobrindo adequadamente boca e nariz.
RENATO TURNES
É ator, diretor de teatro e cinema, roteirista e documentarista. Como ator se destacou com a criação da Trilogia Lugosi, série de solos de terror a partir de textos de Poe, Lovecraft e Bonassi. Diretor artístico da La Vaca Cia de Artes Cênicas, junto a qual dirigiu Mi Muñequita, Kassandra, e Uz, além de atuar em Le Frigô e Ilusões. Fora da cia, dirigiu diversos trabalhos, tais como Emoções Baratas (Cia Experimentus), Eu Faço Uma Dança que a Minha Mãe Odeia, Parte da Paisagem e Eco (Karin Serafin), Dona Bilica Naquele Tempo (documentário e espetáculo – Pé de Vento Teatro), Cartografia do Assédio (Coletivo Karma) e Rinha (Grupo Risco). Nos últimos anos tem investigado as relações entre filme documentário, corpo-arquivo e documento performativo, em diversos projetos. Pesquisador do teatro popular, dirigiu documentários sobre circo-teatro, entre eles É Bucha! 40 anos do Teatro Biriba e publicou o livro O Baú do Biriba: dramas, sobre dramaturgia circense.
Com especial interesse na ancestralidade LGBTI+, dirigiu espetáculos e filmes como Não Representadas, Homens Pink, Finas & Caricatas e O Amigo do Meu Tio e roteirizou curtas como Selma Depois da Chuva e os inéditos Bloco dos Corações Valentes e Da Cabeça Aos Pés. Entre diversos prêmios recebeu a Medalha do Mérito Cultural Francisco Dias Velho, o Prêmio Waldir Brazil e o Troféu Isnard Azevedo em reconhecimento à sua trajetória como artista de teatro. Seu filme documentário Homens Pink, lançado em 2020, recebeu o Prêmio Especial do Júri no DIGO – Festival Internacional de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero – 2020 e o Prêmio de Melhor Média Metragem no Arquivo em Cartaz – Festival Internacional de Filmes de Arquivo 2020.
LA VACA COMPANHIA DE ARTES CÊNICAS
É uma companhia brasileira de teatro criada pelos artistas Milena Moraes e Renato Turnes, em Florianópolis. Em 2008 iniciou sua trajetória estabelecendo parcerias com dramaturgos da nova cena latino-americana. Desenvolveu projetos que incluem linguagens diversas, expandindo a experiência com o palco tradicional para o teatro contemporâneo, intervenções urbanas, performance e audiovisual, firmando relações criativas e profissionais com artistas de outros coletivos. Em 14 anos de atuação, segue investindo na produção de trabalhos politicamente comprometidos, que buscam o diálogo potente com os espectadores.
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