O Bosque dos Sonâmbulos

Musical O Bosque dos Sonâmbulos mergulha em romance LGBT de fantasia gótica ao jogar o público entre personagens excêntricos

Um musical inspirado pelos filmes de horror gótico das décadas de 1960 e 1070 é o enredo do espetáculo O Bosque dos Sonâmbulos, que estreia temporada no dia 10 de novembro, quinta-feira, às 21h, no Teatro Pequeno Ato.  A temporada segue até 24 de novembro de 2022, com sessões às terças e quintas, às 21h, os ingressos estão disponíveis em Sympla.

Com texto e direção de Matheus Marchetti e composições originais de Vitor Mascarenhas (mescladas à árias em domínio público do repertório de Jacques Offenbach e Antonín Dvorak), traz no elenco Bruno Germano, Lucas Bocalon, Mikael Marmorato, Aurora Dias, Henrique Natalio, Tony Germano, Adriano DiSidney, Anna Preto, Nicole Tacques, Giovanna Melo, Luci Oliveira e Gustavo Brait. O texto é baseado no curta-metragem homônimo, também dirigido por Marchetti em 2017. A peça expande a narrativa do filme numa fantasia gótica queer contada em canções.

Na trama, uma misteriosa companhia de teatro vai se apresentar em um antigo hotel nas montanhas, despertando desejos ocultos de alguns hóspedes. Os irmãos Thomas e Oliver, cultivam um amor pelo macabro. Um sonha em ser vampiro, o outro, um caçador de vampiros. Oliver acredita que os atores são vampiros, como nas histórias que seu irmão mais velho conta. Mas quando o próprio Thomas cai sob o feitiço de um belo violinista da trupe, Oliver mergulha numa estranha jornada bosque adentro, para resgatar seu irmão antes que seja tarde demais. 

“O Bosque dos Sonâmbulos surgiu de um diário de sonhos que eu tive na minha adolescência, e especificamente para um sonho recorrente sempre envolvendo um hotel isolado e um menino misterioso que eu encontrava lá. Queria escrever um romance gay adolescente que se casasse com minha linguagem narrativa de preferência o horror. Assim, busquei inspiração nos filmes de horror gótico dos anos 1960 e 1970, principalmente os que tratam de vampiras lésbicas – como as obras de Jean Rollin – mas subvertendo o olhar talvez mais heteronormativo dessas narrativas, trocando o gênero dos personagens centrais,” conta Matheus Marchetti.

Com uma encenação minimalista, apenas alguns objetos de cena e figurinos coloridos ocupam a função de cenário. As canções são cantadas ao vivo pelo elenco, com o acompanhamento musical previamente gravado, a música é cheia de contrastes – indo do lírico ao metal em instantes – buscando recriar o sentimento de sair de um sonho e cair em um pesadelo, e vice-versa.

A encenação pretende criar uma performance intimista, colocando o público no mesmo saguão do hotel onde a história acontece. Sentados no mesmo ambiente que os protagonistas, num formato de arena, os espectadores se acomodam no que aparenta ser o lobby de um hotel abandonado com os poucos objetos de cena cobertos por pesados panos que pairam como fantasmas.

Os elaborados figurinos (parcialmente reutilizados do curta, por Ana Teixeira) funcionam como cenário – cada peça de roupa torna-se essencialmente um objeto cênico chave. Todos os figurinos carregam algum elemento de cor de forma muito intensa, que mesclada com uma iluminação igualmente colorida e exagerada, enfatizam essa viagem ao fantástico, à um mundo de conto de fadas às avessas – igualmente sensual, assustador e fascinante.

O diretor buscou referências em filmes como A Dança dos Vampiros (Roman Polanski), Os Contos de Hoffmann (Michael Powell & Emeric Pressburger), Teorema (Pier Paolo Pasolini), Escravas do Desejo (Harry Kümel), entre ouros.  “Por ser uma história que trata de sonhos, bebi muito em cineastas que abraçam o onírico, que privilegiam essa sensação de mergulho profundo no subconsciente – Federico Fellini, principalmente seu Julieta dos Espíritos, é uma referência fortíssima no seu desfile de personagens excêntricos que navegam paisagens de sonho; e também o “Fellini britânico” Ken Russell, que como ninguém brinca muito com esse contraste de gêneros – da comédia ao horror ao romance ao musical”, completa.

Siga a peça no Instagram: @sonambulosmusical

Ficha técnica:

Direção Geral e Dramaturgia: Matheus Marchetti. Música: Vitor Mascarenhas. Elenco: Bruno Germano (Thomas), Lucas Bocalon (Oliver), Mikael Marmorato (Roman), Aurora Dias (Mariana), Henrique Natalio (O Narrador), Tony Germano (Tonino) Adriano DiSidney (O Barão / O General), Anna Preto (Irene), Nicole Tacques (Antonia), Giovanna Melo (Eva), Luci Oliveira (Swing) e Gustavo Brait (Swing).  Direção Musical: Fernanda Cascardo. Arranjos: Henrique de Paula. Material Adicional: Nicolas Stenzel. Coreografia: Gabriela Gonzalez. Produção: Isabella Melo. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Iluminação: Ariel Rodrigues.

Serviço:
Espetáculo musical O Bosque dos Sonâmbulos

Temporada: De 10 a 24 de novembro de 2022. Sessões terças e quintas, às 21h.

Duração: 90 minutos.

Classificação etária: 16 anos.

Ingressos: R$80 e R$40

Vendas: https://bit.ly/3U0y52u

Pequeno Ato – Rua Doutor Teodoro Baima, 78 – Vila Buarque. Telefone: 11 99642-8350.

Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. Aceita cartões. Não tem acessibilidade. Estacionamento vizinho.

Informações para imprensa:

Adriana Balsanelli

Fone: 11 99245 4138

imprensa@adrianabalsanelli.com.br